Em tempos que já lá vão uma empresa armadora para que trabalhei contava com um mítico comandante conhecido pelas histórias estapafúrdias contadas à mesa de refeições dos oficiais.
Foi inevitável lembrá-lo numa revisão do «Big Fish» de Tim Burton por, também aqui, aparecer quem se entedia com a realidade o suficiente para dela relatar o seu lado mais colorido. Como refere um personagem, parafraseando um célebre filme de John Ford, entre a realidade e a lenda mais valerá optar pela segunda.
Poder-se-á alegar o facto de se tratar de uma escolha entre a verdade e a mentira. Mas será que as fronteiras entre uma e outra são assim tão definíveis? E a magia é algo de que estamos tão carenciados no prosaico mundo de hoje…
Uma magia que é feita de bruxas e de lobisomens, de gigantes e de siamesas, mas sobretudo de amores eternos declarados em campos amarelos de narcisos.
E é também um belíssimo exemplo de homenagem aos pais, mesmo que ausentes, mas capazes de suscitarem curiosidade nos rebentos, que deles careciam mais atenção, mas não deixam de ao seu sortilégios e renderem.
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