Margaret B. Jones escreveu «Love and Consequences», um livro muito forte sobre as suas experiências pessoais junto de gangs violentos.
A precisão dos seus detalhes e a forma como conseguiu transmitir essas vivências foram tão convincentes, que uma editora comprou-lhe o texto, editou-o e conseguiu garantiu-lhe críticas muito positivas.
O pior foi que familiares da autora vieram denunciar-lhe a fraude: quase tudo quanto aí contava sobre a família era rotundamente falso. Ora, mesmo procurando corrigir o tiro, ao confessar ter ouvido todas as histórias vertidas para o seu livro nas suas experiências profissionais em instituições de apoio a pessoas de bairros degradados, a autora já não escapou ao ostracismo. Mesmo correspondendo a situações verosimilhantes em muitos bairros complicados das cidades norte-americanas, Margaret B. James passou a ser considerada como uma fraude.
Mas o lamentável nesta história é que, nos Estados Unidos, os livros só se vendem se tiverem efectiva valia literária ou se corresponderem à inefável fórmula das «very true stories». Nestas últimas, o que se procura não é literatura em si, mas a satisfação de uma forma de voyeurismo endémico, que se apossa de uma sociedade aonde a imagem ficcionada se sobrepõe à realidade se com ela se confundir.
Quando essa aproximação se desfaz, caem por terra os mitos. Então até parece que a sociedade norte-americana volta ao fundamentalismo luterano dos seus pais fundadores em que a mentira se torna num crime inominável.
Foi precisamente por isso mesmo, que a antiga campeã de atletismo Marion Jones entrou agora não cadeia: ela não roubou, não matou, não agrediu fisicamente ninguém. Só que, quando questionada quanto a dopar-se ou não, ela terá negado. E, depois, viria a confessar o contrário...
A precisão dos seus detalhes e a forma como conseguiu transmitir essas vivências foram tão convincentes, que uma editora comprou-lhe o texto, editou-o e conseguiu garantiu-lhe críticas muito positivas.
O pior foi que familiares da autora vieram denunciar-lhe a fraude: quase tudo quanto aí contava sobre a família era rotundamente falso. Ora, mesmo procurando corrigir o tiro, ao confessar ter ouvido todas as histórias vertidas para o seu livro nas suas experiências profissionais em instituições de apoio a pessoas de bairros degradados, a autora já não escapou ao ostracismo. Mesmo correspondendo a situações verosimilhantes em muitos bairros complicados das cidades norte-americanas, Margaret B. James passou a ser considerada como uma fraude.
Mas o lamentável nesta história é que, nos Estados Unidos, os livros só se vendem se tiverem efectiva valia literária ou se corresponderem à inefável fórmula das «very true stories». Nestas últimas, o que se procura não é literatura em si, mas a satisfação de uma forma de voyeurismo endémico, que se apossa de uma sociedade aonde a imagem ficcionada se sobrepõe à realidade se com ela se confundir.
Quando essa aproximação se desfaz, caem por terra os mitos. Então até parece que a sociedade norte-americana volta ao fundamentalismo luterano dos seus pais fundadores em que a mentira se torna num crime inominável.
Foi precisamente por isso mesmo, que a antiga campeã de atletismo Marion Jones entrou agora não cadeia: ela não roubou, não matou, não agrediu fisicamente ninguém. Só que, quando questionada quanto a dopar-se ou não, ela terá negado. E, depois, viria a confessar o contrário...
Sem comentários:
Enviar um comentário