quarta-feira, janeiro 16, 2008

TORNAR-SE MULHER

Este tem sido um mês em que se tem evocado a personalidade de Simone de Beauvoir, já que ela teria feito cem anos no passado dia 9.
É claro que se falou da sua relação aberta com Jean Paul Sartre, do seu amor pelo norte-americano Nelson Algren a quem escreveu mais de trezentas cartas ou do seu militantismo em prol das colónias francesas desejosas de se tornarem independentes (Argélia, Indochina). Mas o que mais se recordou foi a sua célebre frase: «uma mulher não nasce mulher, torna-se nisso», que simboliza o seu livro de análise da condição feminina, «O Segundo Sexo».
Publicado em 1949, esse título começou por escandalizar a partir do momento em que surgiram alguns capítulos na revista «Les Temps Modernes». Pornográfico, classificaram-no alguns, abjecto diria dele François Mauriac.
E, no entanto, ele logo se converteria num enorme sucesso editorial e no livro de cabeceira de milhares de mulheres um pouco por todo o mundo.
Hoje poucos duvidam da importância dos factores históricos, sociológicos e antropológicos na formação da feminilidade. Para o bem e para o mal…

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