quarta-feira, julho 17, 2019

(DIM) «Céu Vermelho» de Robert Wise (1948)


Em 1948 Robert Wise ainda estava no início do seu longo percurso como realizador prestando-se a ser pau para toda a obra encomendada pelos estúdios, que lhe davam trabalho. No caso de «Céu Vermelho» foi a RKO quem o incumbiu de passar a filme uma novela publicada previamente num jornal de grande tiragem, dando-lhe Robert Mitchum, Barbara Bel Geddes e Robert Preston para servirem de cabeças-de-cartaz.
A história era consistente e Wise ainda tinha a sorte de contar com um competente diretor de fotografia, Nicholas Musuraca, que daria ao filme um aspeto vagamente conotado com a estética expressionista.

Mitchum desempenhou o papel de Jim Garry, um cowboy solitário convocado por um amigo para o ajudar na disputa com um criador de gado reticente a entregar os territórios da reserva índia onde pastavam os seus animais para que fosse ocupado por novos colonos.
Garry logo descobre que Riling está a encabeçar a luta para ganhar avultada quantia com a compra do gado de Lufton por tuta-e-meia para o vender depois com um lucro enorme prometendo ao amigo dez mil dólares. Perante tal vigarice Garry muda de campo e passa a defender os interesses do ganadeiro até por ter Amy, uma das filhas, debaixo de olho. E ainda desmascara a outra irmã, Carol, como a espia de Riling dentro da própria família, motivada pelo amor que o vilão, por interesse, faz por alimentar.
Como era natural nos filmes de então, os bons são recompensados - Garry junta de facto os trapinhos com a azougada vaqueira - e os maus punidos.
Wise aproveitou para fazer tirocínio para os projetos mais ambiciosos das décadas seguintes.

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