As duas histórias do dia coincidem na plena demonstração de como, no PSD, está a valer tudo para tentar derrotar José Sócrates nas eleições do dia 27. Depois de falhada a opção da eventual inclinação homossexual do primeiro-ministro, depois do ciclo dedicado ao seu diploma de Engenheiro, e em vias de se esgotar todo o folhetim relacionado com o caso Freeport, os ideólogos das campanhas sórdidas do PSD lançam agora a tese da «asfixia democrática». E é inconcebível como conseguem, em aparência fazer passar uma mensagem que, racionalmente, todos os factos tendem a desmentir, mas já estava em vias de implementação quando Aguiar Branco lançou o tema no comício do Pontal.
Tal estratégia, hoje evidente, socorre-se da velha máxima nazi em como uma mentira hiper-repetida acaba por passar como uma verdade.
E essa repetição tem a ver com quem domina hoje a informação escrita e televisiva, quem são os seus accionistas, a que interesses se ligam os seus directores, colunistas e comentadores.
A asfixia democrática na informação existe, porque é óbvia a sua pertença a quem controla o capital, excluindo dela quem possa e queira objectivá-la. E assim se entende todo o nervosismo associado ao controle da TVI pela PT, quando nunca se viu qualquer problema com o da SIC por Pinto Balsemão.
Mas os casos de hoje espelham um passo em frente numa estratégia clara, que ainda há dias fora testada com a história da suposta espionagem do Governo ao que se passaria no Palácio de Belém. Já nessa altura surgiu a figura da denúncia operada por um assessor ANÓNIMO do Presidente, o que deveria logo indiciar a suspeita para quem acusava em vez de ser assacada a quem era acusado.
Quando os valores morais eram mais sólidos e a dignidade humana se fundamentava em gente que dava a cara, qualquer denúncia anónima era por si mesma desconsiderada. Agora, nestes órgãos de (des)informação, ela é explorada até à exaustão, porquanto serve os valores de quem assumiu a sua missão por quem lhe paga o ordenado. E se a regra é derrubar o Governo, todos os argumentos são bons.
Ora o primeiro caso do dia 3 foi o de um vice-presidente do Instituto Sá Carneiro, que acusa pessoas anónimas não identificadas, mas relacionadas com o Governo de chantagearem Alexandre Relvas a respeito das suas actividades empresariais.
Variante do caso da semana transacta, temos um acusador parcialíssimo, já que é notório militante do PSD a fundamentar uma acusação sem sentido mas baseado em fontes não especificadas.
E depois, já na tarde do mesmo dia, o caso do «Jornal Nacional» da TVI merece uma análise não menos relevante. Ao que se sabe agora a sua responsável iria aproveitar para, em plena campanha eleitoral, apresentar mais uma das suas reportagens violadoras dos valores elementares da deontologia profissional tendo o caso Freeport como tema. Não é preciso ser bruxo para adivinhar que teríamos mais uma manipulação grosseira de factos à mistura com insinuações sem provas destinadas a prejudicar o Partido Socialista.
Num país aonde o jornalismo tivesse uma ética responsável há muito que a respectiva classe teria denunciado a antiga deputada do CDS como o exemplo paradigmático do que não deve ser essa profissão. Infelizmente, e uma vez mais, embora o estilo profissional de tal criatura desagrade a uma grande maioria de profissionais da informação, não é deles que surge a iniciativa de denunciar como inaceitável o que dela emana.
Que sejam os accionistas a decidirem impor critérios de objectividade na informação oriunda desse canal, evitando o escândalo ético de uma ingerência indigna na livre escolha dos portugueses quanto a quem querem ter a governá-los, eis uma vez mais a inversão da lógica dos acontecimentos, travestindo em vitimas inocentes quem em toda esta história deveria surgir como réus sujeitos a rigoroso julgamento.
Espere-se que os portugueses mostrem a sua lucidez, já demonstrada noutras alturas e votem ao fracasso estas baixas manobras de fazer política.
Tal estratégia, hoje evidente, socorre-se da velha máxima nazi em como uma mentira hiper-repetida acaba por passar como uma verdade.
E essa repetição tem a ver com quem domina hoje a informação escrita e televisiva, quem são os seus accionistas, a que interesses se ligam os seus directores, colunistas e comentadores.
A asfixia democrática na informação existe, porque é óbvia a sua pertença a quem controla o capital, excluindo dela quem possa e queira objectivá-la. E assim se entende todo o nervosismo associado ao controle da TVI pela PT, quando nunca se viu qualquer problema com o da SIC por Pinto Balsemão.
Mas os casos de hoje espelham um passo em frente numa estratégia clara, que ainda há dias fora testada com a história da suposta espionagem do Governo ao que se passaria no Palácio de Belém. Já nessa altura surgiu a figura da denúncia operada por um assessor ANÓNIMO do Presidente, o que deveria logo indiciar a suspeita para quem acusava em vez de ser assacada a quem era acusado.
Quando os valores morais eram mais sólidos e a dignidade humana se fundamentava em gente que dava a cara, qualquer denúncia anónima era por si mesma desconsiderada. Agora, nestes órgãos de (des)informação, ela é explorada até à exaustão, porquanto serve os valores de quem assumiu a sua missão por quem lhe paga o ordenado. E se a regra é derrubar o Governo, todos os argumentos são bons.
Ora o primeiro caso do dia 3 foi o de um vice-presidente do Instituto Sá Carneiro, que acusa pessoas anónimas não identificadas, mas relacionadas com o Governo de chantagearem Alexandre Relvas a respeito das suas actividades empresariais.
Variante do caso da semana transacta, temos um acusador parcialíssimo, já que é notório militante do PSD a fundamentar uma acusação sem sentido mas baseado em fontes não especificadas.
E depois, já na tarde do mesmo dia, o caso do «Jornal Nacional» da TVI merece uma análise não menos relevante. Ao que se sabe agora a sua responsável iria aproveitar para, em plena campanha eleitoral, apresentar mais uma das suas reportagens violadoras dos valores elementares da deontologia profissional tendo o caso Freeport como tema. Não é preciso ser bruxo para adivinhar que teríamos mais uma manipulação grosseira de factos à mistura com insinuações sem provas destinadas a prejudicar o Partido Socialista.
Num país aonde o jornalismo tivesse uma ética responsável há muito que a respectiva classe teria denunciado a antiga deputada do CDS como o exemplo paradigmático do que não deve ser essa profissão. Infelizmente, e uma vez mais, embora o estilo profissional de tal criatura desagrade a uma grande maioria de profissionais da informação, não é deles que surge a iniciativa de denunciar como inaceitável o que dela emana.
Que sejam os accionistas a decidirem impor critérios de objectividade na informação oriunda desse canal, evitando o escândalo ético de uma ingerência indigna na livre escolha dos portugueses quanto a quem querem ter a governá-los, eis uma vez mais a inversão da lógica dos acontecimentos, travestindo em vitimas inocentes quem em toda esta história deveria surgir como réus sujeitos a rigoroso julgamento.
Espere-se que os portugueses mostrem a sua lucidez, já demonstrada noutras alturas e votem ao fracasso estas baixas manobras de fazer política.
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