A recente publicação em França de um livro dedicado a Buda, a Sócrates e a Jesus Cristo traz a oportunidade de constatar as semelhanças e as diferenças entre três mestres do pensamento ligados a correntes profundas e duradouras de interpretação da relação do Homem com o que o rodeia.
Esse contexto, que é tido como uma ilusão, algo capaz de nos afastar de uma verdade alcançável pelo trabalho interior.
Se em Buda a proposta consiste em alhearmo-nos o mais possível dessa ilusão para alcançar patamares superiores do conhecimento através da meditação, Jesus Cristo surge como paladino da erradicação da violência através da expressão de um amor divino extensível a todos os seres.
Mas dos três é Sócrates quem melhor reage a essa ilusão, questionando-a, pondo em causa todos os seus dogmas. A sua irreverência feita de uma postura assumidamente dubitativa perante todos os poderes acaba por ser a mais exaltante para a minha forma de estar na vida.
Mas não deixa de ser curioso que Frédéric Lenoir, autor do livro editado pela Fayart, faça convergir o pensamento dos três filósofos numa mesma contestação das desigualdades sociais e dos conceitos cristalizados de uma mentalidade balofa. E é esse autor do livro quem se questiona numa entrevista sobre o que pensaria Jesus Cristo do bispo brasileiro que, há uns meses, excomungou uma menina de dez anos por abortar o feto resultante de uma violação de que fora vítima.
Nesse sentido Cristo será o que, dos três protagonistas do livro, mais dúvidas suscita hoje em dia. Porque terá sido adulterada a sua mensagem pelas obsessões dogmáticas, até mesmo inquisitoriais, de muitos dos seus indignos seguidores.
Esse contexto, que é tido como uma ilusão, algo capaz de nos afastar de uma verdade alcançável pelo trabalho interior.
Se em Buda a proposta consiste em alhearmo-nos o mais possível dessa ilusão para alcançar patamares superiores do conhecimento através da meditação, Jesus Cristo surge como paladino da erradicação da violência através da expressão de um amor divino extensível a todos os seres.
Mas dos três é Sócrates quem melhor reage a essa ilusão, questionando-a, pondo em causa todos os seus dogmas. A sua irreverência feita de uma postura assumidamente dubitativa perante todos os poderes acaba por ser a mais exaltante para a minha forma de estar na vida.
Mas não deixa de ser curioso que Frédéric Lenoir, autor do livro editado pela Fayart, faça convergir o pensamento dos três filósofos numa mesma contestação das desigualdades sociais e dos conceitos cristalizados de uma mentalidade balofa. E é esse autor do livro quem se questiona numa entrevista sobre o que pensaria Jesus Cristo do bispo brasileiro que, há uns meses, excomungou uma menina de dez anos por abortar o feto resultante de uma violação de que fora vítima.
Nesse sentido Cristo será o que, dos três protagonistas do livro, mais dúvidas suscita hoje em dia. Porque terá sido adulterada a sua mensagem pelas obsessões dogmáticas, até mesmo inquisitoriais, de muitos dos seus indignos seguidores.
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