Há um elefante chamado Salomão, que o rei dom João, o terceiro de Portugal, envia de presente ao primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, momentaneamente aposentado em Valladollid. E há um cornaca, Subhro, que lidera essa expedição saída de Belém com um destacamento de cavalaria, junta de bois e uns quantos serviçais para ajudarem no que for sendo preciso.
Embora muito doente enquanto ia escrevendo esta história, que volta a ter algo de épico, Saramago quase se diria apostado em retomar as ambições do seu extraordinário Memorial. Tanto mais que, a par da narrativa em si, o autor não se exime de ir acrescentando considerações sobre os personagens num distanciamento brechtiano, mas orientado para uma ética humanista de quem já muito viveu e sabedoria colheu.
Embora ainda a um quarto da história, «A Viagem do Elefante» está a constituir uma experiência muito rica para os leitores que somos. Porque na ligeireza algo divertida em que nela nos deixamos evoluir, vamo-nos deixando guiar por uma concepção histórica e ideológica com a qual não podemos deixar de estar sintonizados…
Embora muito doente enquanto ia escrevendo esta história, que volta a ter algo de épico, Saramago quase se diria apostado em retomar as ambições do seu extraordinário Memorial. Tanto mais que, a par da narrativa em si, o autor não se exime de ir acrescentando considerações sobre os personagens num distanciamento brechtiano, mas orientado para uma ética humanista de quem já muito viveu e sabedoria colheu.
Embora ainda a um quarto da história, «A Viagem do Elefante» está a constituir uma experiência muito rica para os leitores que somos. Porque na ligeireza algo divertida em que nela nos deixamos evoluir, vamo-nos deixando guiar por uma concepção histórica e ideológica com a qual não podemos deixar de estar sintonizados…
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