Na Primavera de 2008 os telejornais de todo o mundo foram férteis em muitas imagens oriundas de vários continentes em que populações muito pobres reclamavam nas ruas contra o preço do arroz, um bem de primeira necessidade, vital para metade de toda a humanidade.
Na época esse cereal viu sextuplicado o seu preço no mercado mundial alegadamente pela sua penúria. Perante a explosão demográfica de muitos países do terceiro mundo os produtores não estariam a ser capazes de acompanharem a necessidade de aumentarem as áreas das suas explorações.
Investigando em cenários tão distintos como o Senegal ou a Tailândia, a Suíça ou as Filipinas os realizadores procuram desmontar as falácias dos que produziram tais teses e procuraram esconder a realidade dos factos: esteve em curso uma manobra especulativa destinada a garantir volumosos lucros aos seus autores, mesmo que à custa da fome e da miséria ainda maior de populações desvalidas.
Muito embora essa mentira trouxesse em si algo de verdade: está-se de facto a chegar a um momento em que a evolução das curvas entre a produção mundial de arroz e o seu consumo se inflectem e é a segunda a sobrepor-se à primeira. Com todos os riscos daí inerentes…
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