sábado, abril 03, 2010

Documentário: «CSNY DÉJÀ VU» de Bernard Sharkey


Em 2006 a guerra no Iraque já está a provocar centenas de mortos e fica cada vez mais evidente para muitos, que a América se atolara num novo conflito por razões tão pouco fundamentadas como as que a haviam levado ao Vietname.

Crosby, Stills, Nash e Young - que tinham estado na primeira linha da contestação à guerra da Indochina nos anos 60 - voltam a juntar-se sob os auspícios do último para levar um novo espectáculo intitulado «Liberdade de Expressão» aos quatro cantos do país. E convidam um jornalista conceituado, Mike Cerre, para dar conta do que se vai passando nessa digressão de dois meses.
O filme acaba por ser um testemunho do que era essa América no início do segundo mandato de George W. Bush com gente fanática a defender a política agressiva da Casa Branca e a considerar criminosas as palavras cantadas pelo grupo e outros tantos a considerar desaprendidas as lições do Vietname sobretudo quando os caixões chegam quase clandestinamente de Bagdad e as famílias quase não os conseguem homenagear.
A câmara interroga também soldados vindos do teatro de guerra e se confessam traumatizados física e psiquicamente ou políticos apostados em inflectir complemente o rumo dos acontecimentos.
Momentos altos do filme são as canções que lamentam a oportunidade perdida nas eleições anteriores em mandar o rosto de tal política para casa ou em que se pede o seu impedimento.
O filme mostra uma América a começar a mudar. Aquela que daria a Obama a vitória três anos depois…

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