Terêncio terá vivido apenas uns 25 ou 26 anos, mas deixou para a posteridade um conjunto de sentenças inesquecíveis, que entraram no nosso discurso com o peso daquelas coisas que sabemos que se dizem com a convicção de já terem sido ditas por alguém.
Há uns anos, quando iniciava uma pós-graduação, um professor questionava-me das razões para ali estar a fazer aquele curso em particular. E eu respondi com a pretensão de me querer sobrevalorizar em relação ao meu verdadeiro valor:
- Eu sou homem e nada do que é humano me é estranho!
O meu interlocutor, homem sapiente, exultou com a possibilidade de falar de Terêncio, o autor de tal boutade.
Não sei se já alguma vez associara tal frase a esse autor, mas ficou-me de então a obrigatoriedade em conhecer algo mais sobre este dramaturgo, que viveu em Roma no II século a.C.
Foi a oportunidade para me confrontar com outras frases de tão elevado significado quanto aquela. Por exemplo a constatação de que não existem ninguém mais próximo de cada um de nós do que nós mesmos. Lembrando que, mesmo com quem amamos e consideremos nossa alma gémea podemos encontrar uma tal identificação com nós mesmos. Devendo reconhecer que «somos orgulhosos ou humildes consoante a maneira como os negócios nos correm»
Ou das vantagens de se seguir o princípio: «Aprende com os outros a experiência que te pode ser útil».
Mas é um risco falarmos de mais, porque «quem fala o que quer ouve o que não quer» e «o obséquio produz amigos; a verdade, ódio».
Mas, mesmo neste último caso ele defende a necessidade de »experimentar todos os caminhos antes de chegar ás armas», mesmo sabendo que «a sorte sorri aos fortes».
A justiça não é muito bem vista por Terêncio que constata como a sua inflexibilidade conduz, amiúde às maiores injustiças. Até porque «tantas cabeças, quantas sentenças: cada um tem o seu modo de ver».
E, quando somos injustos ou maus, obedecemos muitas vezes aos ditames do hábito. E muitas vezes «de um mal deriva outro».
Terêncio dedicou-se também a apreciar a aquisição dos saberes: «saber como se faz uma coisa é fácil; fazê-la é que é difícil» embora «nada é tão difícil que, à força de tentativas, não tenha resolução». Contrapondo que «nada é tão fácil que, feito de má vontade, não se torne difícil».
Em tão pouco tempo de vida, pode-se dizer que Terêncio deixou escola.
Há uns anos, quando iniciava uma pós-graduação, um professor questionava-me das razões para ali estar a fazer aquele curso em particular. E eu respondi com a pretensão de me querer sobrevalorizar em relação ao meu verdadeiro valor:
- Eu sou homem e nada do que é humano me é estranho!
O meu interlocutor, homem sapiente, exultou com a possibilidade de falar de Terêncio, o autor de tal boutade.
Não sei se já alguma vez associara tal frase a esse autor, mas ficou-me de então a obrigatoriedade em conhecer algo mais sobre este dramaturgo, que viveu em Roma no II século a.C.
Foi a oportunidade para me confrontar com outras frases de tão elevado significado quanto aquela. Por exemplo a constatação de que não existem ninguém mais próximo de cada um de nós do que nós mesmos. Lembrando que, mesmo com quem amamos e consideremos nossa alma gémea podemos encontrar uma tal identificação com nós mesmos. Devendo reconhecer que «somos orgulhosos ou humildes consoante a maneira como os negócios nos correm»
Ou das vantagens de se seguir o princípio: «Aprende com os outros a experiência que te pode ser útil».
Mas é um risco falarmos de mais, porque «quem fala o que quer ouve o que não quer» e «o obséquio produz amigos; a verdade, ódio».
Mas, mesmo neste último caso ele defende a necessidade de »experimentar todos os caminhos antes de chegar ás armas», mesmo sabendo que «a sorte sorri aos fortes».
A justiça não é muito bem vista por Terêncio que constata como a sua inflexibilidade conduz, amiúde às maiores injustiças. Até porque «tantas cabeças, quantas sentenças: cada um tem o seu modo de ver».
E, quando somos injustos ou maus, obedecemos muitas vezes aos ditames do hábito. E muitas vezes «de um mal deriva outro».
Terêncio dedicou-se também a apreciar a aquisição dos saberes: «saber como se faz uma coisa é fácil; fazê-la é que é difícil» embora «nada é tão difícil que, à força de tentativas, não tenha resolução». Contrapondo que «nada é tão fácil que, feito de má vontade, não se torne difícil».
Em tão pouco tempo de vida, pode-se dizer que Terêncio deixou escola.
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