Nápoles é uma cidade suja e pobre, mas, mesmo em frente, a cerca de uma hora de barco, fica Capri, desde a Antiguidade considerada como um canto do paraíso destinado a classes endinheiradas.
Tibério, imperador romano, instalou-se aí e organizou memoráveis orgias. Essa ideia de liberdade sexual atravessou os séculos e manteve-se nos anos 60 do século XX, quando aí aportavam celebridades da aristocracia, actores de Hollywood, artistas plásticos e outros milionários.
Em Capri estava-lhes prometido um certo recato, sem deixarem de ser vistos e fotografados pelos recém glosados (por Fellini) paparazzi.
Gino Rizzi era um dos playboys mais conhecidos, que dançava com namoradas de ocasião ao som das canções melosas de Peppino di Capri.
Na maravilhosa vivenda de Curzio Malaparte, Godard roda o maravilhoso «O Desprezo», segundo o romance de Moravia.
Mas a moda depressa acaba, quando fluxos incessantes de turistas aí acorrem para verem essas celebridades. Que se passam a escapara para Portofino ou Saint Tropez…
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