Em 1795 Joseph Haydn está em vias de deixar Londres, pondo termo àquele que viria a considerar o período mais feliz da sua vida. As doze sinfonias aí compostas serão determinantes para lhe associar o prestígio, que a sua posterior transição para a Alemanha se limitará a confirmar.
É nesse mesmo ano, que compõe a Sinfonia nº 104, também conhecido pela «Sinfonia Londres».
Perpassam por ela os ecos do intenso vendaval, que percorria a Europa de então, com a Revolução Francesa a pôr em causa toda a estrutura política e social do continente.
Ao ouvi-la nos seus diversos andamentos vale a pena ter em conta tal contexto para melhor compreendermos melhor o que subjaz a tais sonoridades.
Mas o que dela melhor se recorda é o seu último andamento, que parte de um pregão muito conhecido na época nas margens do Tamisa e é desenvolvido de uma forma facilmente dada à cantarolice.
Esse andamento é o melhor exemplo de uma conotação muito inteligente dos métodos de composição de Haydn com o ambiente popular em que se pretendia inserir. É essa associação, que facilitará o sucesso das suas obras, porquanto estabelecedoras de pontes comunicativas muito eficazes com o seu público de então.
Vemos, ouvimos, lemos e experimentamos. Tanto quanto possível pensamos pela nossa própria cabeça...
sábado, outubro 03, 2009
O FINALE DA SINFONIA «LONDRES» DE HAYDN
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