Numa entrevista à Antena 2 o Luís Sepúlveda estabelecia, já lá vão umas semanas, uma grande distinção entre a direcção de orquestra de Celibidache em relação à de Karajan. Aonde este último primava pela técnica perfeita, o romeno dava espaço para a afirmação dos silêncios entre as notas. O resultado era completamente diferente, como se pode detectar no «Allegreto» da 7ª Sinfonia de Beethoven.
Ora esta questão dos silêncios vem entroncar numa das grandes acusações de que sou alvo cá em casa: parece existir em mim uma tal aversão ao silêncio, que tenho de ter sempre a música ou qualquer outra forma de som a acompanhar-me no que vou fazendo.
E, no entanto, reconhecendo essa minha forma de estar na vida, também não deixo de me sintonizar com essa apreciação do escritor chileno: é que se gosto imenso de boa música, não deixo de nela apreciar a sábia emergência dos silêncios.
Ora esta questão dos silêncios vem entroncar numa das grandes acusações de que sou alvo cá em casa: parece existir em mim uma tal aversão ao silêncio, que tenho de ter sempre a música ou qualquer outra forma de som a acompanhar-me no que vou fazendo.
E, no entanto, reconhecendo essa minha forma de estar na vida, também não deixo de me sintonizar com essa apreciação do escritor chileno: é que se gosto imenso de boa música, não deixo de nela apreciar a sábia emergência dos silêncios.
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