quarta-feira, agosto 15, 2007

A Última Viagem de Cristóvão Colombo

Na História aprendida na escola ficámos a saber da responsabilidade de Cristóvão Colombo na descoberta da América em nome dos Reis Católicos, depois de ter sido mal sucedido a propor o seu projecto a D. João II.
Depois nada mais nos foi contado…
O filme de Marc Brasse tem o mérito de nos dar a descobrir o que ocorreu com o navegador depois desse sucesso inicial. Descobrimo-lo, pois, a partir do sul de Espanha em 11 de Maio de 1502 para a que seria a quarta e sua última viagem ao continente americano.
O objectivo continuava a ser o mesmo: descobrir o caminho marítimo para um acesso mais facilitado às riquezas dessas prometedoras Índias Ocidentais.
Mas o seu prestígio estava em declínio: tendo perdido os favores dos Reis, ele está crivado de dívidas e aposta nessa viagem toda a sua reputação e riqueza. E acontece o fracasso total…
Por um lado as caravelas por ele afretadas já andaram no mar por demasiado tempo e a madeira dos seus cascos acaba por se revelar demasiado frágil para resistir às bactérias, que os irão corroendo.
Depois de tempestades, naufrágios de duas dessas caravelas, de motins da tripulação, de confrontos com os índios e de doenças sem cura, os sobreviventes da expedição regressam aos portos andaluzes em 7 de Novembro de 1504.
Colombo veio muito fragilizado e não resistirá sequer dois anos. Quando morre, quase ninguém atribui importância ao facto. Só vinte anos depois é que o reino de Castela e Aragão dará relevância à descoberta do genovês.
Mas o filme não se restringe à história do navegador: na costa panamiana descobriram-se vestígios do que poderá ser um dos navios naufragados de Colombo.
Os arqueólogos marinhos bem procuram confirmar essa hipótese, mas acabam por ceder à (falta) de vontade política das autoridades do país, que veda investigações mais aprofundadas desses destroços já misturados com os corais, que os tornaram uma massa informe e quase imperceptível para os leigos...

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