Filipinas: as pérolas douradas mais valiosas provém daqui. Em verdadeiras quintas aquáticas, as ostras perlíferas são alimentadas, limpas e viradas diariamente por mergulhadores, que passam o dia em apneia para conseguirem pérolas o mais perfeitas possível.
Trata-se de um trabalho árduo tanto mais que 20% das ostras rejeitam o corpo estranho nelas inserido para que reajam com a camada nacarada pretendida.
Esses mergulhadores são antigos pescadores e comerciantes, cujos rendimentos insuficientes os trouxe para esta actividade cujo custo começa por ser o de ficarem longe das famílias, já que ali por perto não existem escolas aonde as suas crianças possam estudar.
Mas a actividade está em perigo por outras razões: o aquecimento global é uma evidência nos corais moribundos em redor dos viveiros. E a subida do nível do mar constitui outro factor perturbador neste tipo de cultura muito delicada.
Mas a investigação biológica procura responder a tais desafios e foi por selecção artificial que, em poucos anos, se conseguiu evoluir de uma cor branca pouco apreciada para a cada vez mais rentável cultura de pérolas douradas.
Ainda assim, cerca de 30% das pérolas colhidas não chegam ao mercado por não possuírem o tamanho, a forma ou a cor aí procuradas.
Embora ainda florescente, os que vivem desta actividade em Palawan sabem que o risco dela deixar de existir é bastante elevado.
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