Terá sido a última obra do genial Amadeus. O Requiem causa-me sempre uma imensa emoção, não tanto por se reportar à morte enquanto omnipresença incontornável dos nossos dias, mas pelo que a vida lhe poderá resistir.
Essas vozes, que se erguem, poderosas, apontam para o justificado inconformismo perante as leis da vida tais quais elas ainda se nos apresentam.
Por isso o interesse pelo que a Biologia ou a Medecina vão anunciando enquanto estratégias para adiar tanto quanto possível esse instante. Querendo acreditar na exequibilidade de um dia se verificar o que um lunático professor de Cambridge anuncia para breve: a possibilidade de se viver mil anos à conta da capacidade para ir substituindo os nossos órgãos internos à medida, que eles vão denunciando a sua imprestabilidade.
Esta notabilíssima versão de Karl Bohm com Christa Ludwig entre as cantoras remete-me para essa luta quixotesca com um adversário ainda demasiado poderoso para contra ele acreditar na possibilidade de uma vitória...
Vemos, ouvimos, lemos e experimentamos. Tanto quanto possível pensamos pela nossa própria cabeça...
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Mozart - Requiem - Karl Bohm
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