Está quase a sair mais uma edição da revista «Visão», mas só agora a pude ler e dela retirar opiniões interessantes de dois dos seus entrevistados.
Um deles é o guru do ambiente Nicholas Stern, que se desloca a Lisboa para participar numa conferência sobre o tema.
Algo catastrofista ele alerta os governos europeus para os riscos de inacção perante os perigos, que se avizinham. Num resumo bastante sucinto dessas opiniões, diz o artigo: «a falta de acção perante as alterações climáticas pode custar à economia mundial até 20% do Produto Interno Bruto global. Pelo contrário, tomar medidas imediatas para atacar o problema custaria cerca de 1% do PIB mundial. O Mediterrâneo será a região do globo mais afectada, sobretudo Portugal, Espanha e Itália. E 200 milhões de pessoas poderão ter necessidade de vira a refugiar-se no Norte da Europa!».
A outra entrevista com interesse é com Rosa Mota. A propósito da recente participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Pequim, ela mostra-se desassombrada na forma como denuncia a tremenda campanha mediática, que procurou denegrir a organização e a própria República Popular da China.
Este diagnóstico de completa rendição ao perfeccionismo da organização serve de carapuça para os defensores do chefe politico feudal conhecido por Dalai Lama e para quantos se preocupam demais com os Direitos Humanos dos chineses e se esquecem dos respeitantes à população mais empobrecida do Ocidente. Vejamos, então, as opiniões objectivas da ex-maratonista portuguesa sobre o entusiasmo dos chineses por este evento: «Percebeu-se que estes Jogos eram da cidade de Pequim, mas que foram aceites por todo o povo. Essa foi uma lição que a China deu ao mundo: um país tem de estar unido no mesmo objectivo para organizar um acontecimento destes.»
E sobre a campanha suja contra os Jogos, diz a ex-atleta: «Houve uma campanha contra estes Jogos, em que se usou e abusou dos fantasmas da poluição e do calor. E muita gente embarcou nela sem o mínimo conhecimento. (…) As pessoas que embarcaram nessa campanha deviam agora pedir desculpa».
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