A morte de Paul Newman não é nenhuma surpresa. Sabia-se que o actor estava bastante doente, sendo uma questão de tempo este desiderato. Mas olhando para trás, para os filmes, que dele ficam, há a convicção de ter sido um dos maiores actores do século XX. Não só pela sua beleza, que o tornou um ícone para mulheres da sua geração, mas sobretudo pela inteligência de muitos desses papéis. Fosse como actor, fosse como realizador, Newman mostrou uma ideia de carreira, que jamais pactuou com a facilidade. Sobretudo, a partir de 1961, quando assumiu o papel do ingénuo Fast Eddie Felson, que iria descobrir da pior maneira as idiossincrasias de uma América decididamente apostada em deixar florescer um capitalismo sem escrúpulos, onde tudo se justifica.
A partir de então foram vários os seus títulos demonstrativos desse mesmo desencanto com um país necessitado de princípios. Desde o juiz Roy Bean até à vítima do jornalismo sensacionalista de Sally Field em «A Calúnia», rodado vinte anos depois, passando pelo regresso ao papel do filme de Rossen em 1986, então realizado por Scorcese, o actor sempre deu corpo a esse lado sombrio de um país, que sempre imaginou passível de ser melhor do que era.
Ficam agora os seus filmes para recordar uma personalidade muito respeitável numa indústria, que sempre contou com muitos mais crápulas do que com gente decente como ele sempre foi…
A partir de então foram vários os seus títulos demonstrativos desse mesmo desencanto com um país necessitado de princípios. Desde o juiz Roy Bean até à vítima do jornalismo sensacionalista de Sally Field em «A Calúnia», rodado vinte anos depois, passando pelo regresso ao papel do filme de Rossen em 1986, então realizado por Scorcese, o actor sempre deu corpo a esse lado sombrio de um país, que sempre imaginou passível de ser melhor do que era.
Ficam agora os seus filmes para recordar uma personalidade muito respeitável numa indústria, que sempre contou com muitos mais crápulas do que com gente decente como ele sempre foi…
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