segunda-feira, novembro 17, 2008

UM HOMEM SEM RUMO

A peça de um dramaturgo norueguês Arne Lygre é bastante actual no que diz respeito à ambição ilimitada, à avidez pelo dinheiro ou à solidão de todos, mesmo quando se fazem rodear por supostos familiares.
Mas, sobretudo, permite ao elenco da Comuna mostrar os excelentes actores, que ali se exprimem. Aos já conhecidos Carlos Paulo, Jorge Andrade ou João Têmpera, juntaram-se três actrizes de notável capacidade não só na sua dicção, mas também na capacidade para exprimirem os sentimentos, que as trazem àquele fiorde aonde antes nada havia e onde, trinta anos depois, está uma cidade.
A encenação de Álvaro Correia é bastante funcional, aproveitando o espaço da sala de uma forma bastante eficaz. Pena foi que, num domingo à tarde, fossem apenas duas dezenas os espectadores privilegiados com um esforço honesto e competente de tão esforçado elenco...

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