domingo, novembro 02, 2008

A TRÊS DIAS DA MUDANÇA

A três dias das eleições norte-americanas cresce a ansiedade em relação ao seu resultado. Tudo parece bem encaminhado para que Barack Obama venha a ser o primeiro presidente de cor a sentar-se na Casa Branca, mas até à madrugada de terça-feira será sempre possível uma qualquer forma de reviravolta, que torpedeie as esperanças de milhões de pessoas em todo o mundo, expectantes quanto à possibilidade de se estar a anunciar uma nova era.
Não é que a nova Administração signifique necessariamente uma ruptura em relação à actual, mas esta é daquelas ocasiões passíveis de exemplificar como, às vezes, a forma pode sobrepor-se em importância ao conteúdo.
E os indivíduos acabam por ter maior importância no desenlace de grandes acontecimentos históricos do que as movimentações de classes pressupostas pela análise estritamente marxista.
É, aliás, isso mesmo o que Nigel Townson sugere, quando dá dos mandatos de George W. Bush um veredicto arrasador: «A invasão do Iraque foi um dos acontecimentos mais desestabilizadores e destrutivos desde a Segunda Guerra Mundial. As suas consequências vão perdurar durante séculos. Neste caso particular, a análise contrafactual mostra claramente a importância decisiva dos indivíduos em certos momentos da História.»

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