terça-feira, novembro 10, 2015

PALCOS: a abertura de «As Bodas de Fígaro»

Normalmente consideram-se «Aida» e «Figaro» os maiores exemplos das óperas “populares”, no sentido em que nunca nos cansamos de ouvi-las, nem cessam de ser reinterpretadas. Talvez porque a estrutura musical possui uma tal sensibilidade e delicadeza, que encontram eco num certo imaginário popular.
A obra «As Bodas de Fígaro» marca o primeiro encontro de Mozart com o seu mais famoso libretista, Lorenzo Da Ponte.  Dado que, desde a criação de «A Flauta Mágica» (1775)  Mozart andara perdido na criação de obras, que não tinham chegado a bom porto  (as óperas «L’Oca del Cairo» e «Lo Sposo  Deluso»), a estreia de «Fígaro» foi aguardada com alguma ansiedade na Viena de então: estreou-se no dia 1 de maio de 1786.
O êxito seria muito moderado apesar do texto e da música aliciantes.  Só quando o público de Praga lhe atribuiu um enorme sucesso, é que os austríacos corrigiriam a sua primeira impressão.
A encomenda de «Don Giovanni», vinda precisamente da capital checa, decorreria desse enorme sucesso.
Num conjunto de textos acompanhados de clips musicais com as principais árias da ópera, iremos visitar todos os seus quatro atos.
Logo para começar temos uma abertura extremamente célebre: estamos no dia das núpcias de Susanna e de Fígaro, iniciando-se uma atividade febril logo ao levantar do pano. 


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