terça-feira, novembro 10, 2015

DIÁRIO DAS IMAGENS EM MOVIMENTO: O nascer do dia

Um dramalhão - daqueles de fazer chorar as pedrinhas da calçada! - poderá ter muito de criticável, mas, em compensação, possibilita interpretações exigentes a quem o possa protagonizar. Foi o que sucedeu com Aylin Tezel, que ganhou o prémio da melhor interpretação feminina no Festival de Toronto de 2012 com o papel de Lara, a protagonista de «O Nascer do Dia», realizado por Pola Beck.
Aos 25 anos a jovem estudante de arquitetura fica grávida de uma relação efémera e decide conservar o bebé, em quem julga encontrar um sentido para a sua caótica existência.
O problema é o aborto aos seis meses de gestação, que ela não aceita, instalando-se num comportamento de negação, mediante a teimosia de prosseguir com o programa de preparação para o parto.
Além de testemunho sobre toda uma geração, o filme foi elogiado pela autenticidade e realismo.
Em sucessivas entrevistas, a realizadora Pola Beck revelou como andou a investigar junto de pessoas, que tinham passado pela experiência de abortos espontâneos, para as compreender o melhor possível. Depois tentou reproduzir fielmente uma dor psicológica, que de fora é difícil de aceitar na sua verdadeira dimensão... 

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