Numa das edições do «Guardian» da semana transacta a conhecida feminista Germaine Greer interrogava-se das razões porque têm mais sucesso os comediantes masculinos do que as suas congéneres do sexo oposto. Não deixando de reparar que o êxito destas últimas parece relacionar-se com a provocação do riso em torno de temas como as mamas, a menstruação ou outras vertentes da sexualidade feminina, que garantem riso alarve na boçalidade machista dos seus espectadores. Ou, em alternativa, fazendo das outras mulheres o objecto quantas vezes perverso da sua farsa: uma das principais comediantes norte-americanas da segunda metade do século passado conseguiu criar nome no negócio do espectáculo ao fazer de Elizabeth Taylor o foco da sua sátira.
Mas Greer considera que os comediantes masculinos prevalecem pela facilidade com que se dão ao ridículo. As mulheres teriam, nesse aspecto, um maior comedimento com a imagem, que de si transmitem, tornando-se menos empáticas junto de um público mais propenso à palhaçada. Aliás, contrariando a tese de que, num grupo de homens, o que conta mais anedotas, é o que busca a sua liderança, ela defende o contrário: o comediante de cada grupo é um dos seus mais frágeis elementos, incapaz de se afirmar pela força dos seus punhos ou pela eloquência do seu pensamento, restando-lhe a arma do riso para se conseguir destacar.
É claro que a pergunta inicial - porque têm mais sucesso os homens do que as mulheres na comédia tipo stand up? - fica por responder. Mas a razão poderá relacionar-se com o que dizia o Miguel Esteves Cardoso numa das suas mais recentes crónicas do «Público»: simplesmente, porque as mulheres são bem melhores do que os pobres de espírito, que são a generalidade dos homens. Que na superficialidade do riso buscam iludir a sua incapacidade para os pensamentos mais profundos.
Mas Greer considera que os comediantes masculinos prevalecem pela facilidade com que se dão ao ridículo. As mulheres teriam, nesse aspecto, um maior comedimento com a imagem, que de si transmitem, tornando-se menos empáticas junto de um público mais propenso à palhaçada. Aliás, contrariando a tese de que, num grupo de homens, o que conta mais anedotas, é o que busca a sua liderança, ela defende o contrário: o comediante de cada grupo é um dos seus mais frágeis elementos, incapaz de se afirmar pela força dos seus punhos ou pela eloquência do seu pensamento, restando-lhe a arma do riso para se conseguir destacar.
É claro que a pergunta inicial - porque têm mais sucesso os homens do que as mulheres na comédia tipo stand up? - fica por responder. Mas a razão poderá relacionar-se com o que dizia o Miguel Esteves Cardoso numa das suas mais recentes crónicas do «Público»: simplesmente, porque as mulheres são bem melhores do que os pobres de espírito, que são a generalidade dos homens. Que na superficialidade do riso buscam iludir a sua incapacidade para os pensamentos mais profundos.
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