domingo, dezembro 24, 2006

SEXO E FILOSOFIA

O realizador é iraniano, Mohsen Makhmalbaf, mas o filme foi rodado no Tadjiquistão em 2005: «Sexo e Filosofia» leva um homem, Jan, a reunir as suas quatro amantes na sua escola de dança no dia em que faz quarenta anos. E num estilo narrativo muito lento, com grande apoio da música e, sobretudo, da dança, ele evoca as circunstâncias em que a todas terá conhecido. Concluindo pela relativização dos sentimentos em favor do acaso ligado a cada um desses encontros.
A Mariam conhecera quando fora o único passageiro num voo em que ela era a hospedeira. Fora um amor celestial, que lhe merecera a oportunidade para esculpir uma árvore em frente à sua escola.
Farzona impressionara-o pela forma de andar, pela cor dos seus sapatos. Embora ela lhe confessasse a sua capacidade de amar os homens, que já lhe eram passado em vez de presente.
A Tamineh conhecera-a no hospital, quando uma incómoda diarreia ali o levara em grande sofrimento. Sendo ela a enfermeira, que lhe serviria de anjo da guarda nessa ocasião.
Enfim Malohat, a última dessas amantes, experimenta algo semelhante ao intento dele: junta os seus quatro amantes na mesma mesa para lhes confessar essa diversificação dos seus afectos. O que não é propriamente bem aceite por alguns deles.
Neste filme pejado de símbolos a questão essencial é descobrir o que alimenta o amor, o que conduz à sua negação.
O Amor acaba por se revelar como o milagre de um momento, quando a solidão se define como incontornável destino...

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