domingo, maio 04, 2025

George Enescu, nome maior da cultura romena

 

Não é daqueles compositores que me tenha chamado particular atenção no passado embora lhe ouvisse algumas peças orquestrais em concertos em que não eram as mais atrativas do programa. E, em todas essas ocasiões, fiquei agradado com obras, que me colocavam perante a tentação de conhecer mais sobre a sua biografia e tudo quanto compusera. Mesmo que, cinema e esculturas de Brancusi à parte, nunca tenha sentido particular interesse pela cultura romena. Mesmo a Transilvânia, só pela escrita de um escocês (Bram Stoker) me interessou.

A pretexto de passarem setenta anos sobre a morte de George Enescu, um dos nomes eminentes das lápides do Père Lachaise, vale a pena enunciar algumas linhas sobre a sua carreira de compositor, violinista, pianista, maestro e professor. Yehudi Menuhin foi um dos seus muitos alunos e nunca deixou de referi-lo como determinante na sua formação: "Providência... uma inspiração que o elevou da terra", reconheceu no seu diário.

Nasceu em Liveni, no norte da Roménia, e distinguiu-se como jovem prodígio: aos 4 anos já tocava violino e logo pôs-se a compor as primeiras peças.

Foi aos 19 anos, que criou a Rapsódia Romena No. 1 em Lá Maior, Op. 11 e nela sobressaem a celebração do folclore romeno de inspiração cigana, as melodias a alternarem entre as melancólicas e as dançantes e a ampla utilização de todos os naipes da orquestra para criar complexas combinações instrumentais. Por isso é, de entre as suas muitas obras, a mais interpretada pelas orquestras de todo o mundo. 

 

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