Há já vários anos que o espeleólogo Luc–Henri Fage e o arqueólogo Jean Michel Chazine exploram a ilha de Bornéu para tentarem encontrar as pistas de explicação do povoamento da ilha. A descoberta de grutas ornamentadas de desenhos rupestres os encorajou a prosseguir as inspecções.
Recentemente as autoridades emitiram-lhes uma licença de investigação nos montes Marang. Escoltados por guias dayaks e por cientistas indonésios, a equipa avança selva adentro em busca de novas grutas. As descobertas vão surpreendendo.
«Bornéu, a Memória das Grutas» começa por ser um documentário fabuloso sobre os trabalhos arqueológicos: ao principio um trabalho manual, que implica o recurso a um tremendo arsenal tecnológico. Sucede-se a evolução do trabalho com a recolha de impressões digitais deixadas nas paredes ou a descoberta de cerâmicas até à sua análise laboratorial, que permitirá datá-las.
Luc-Henri Fage e a sua equipa podem assim medir a dimensão da sua descoberta: as grutas de Bornéu contém vestígios com mais de 10 mil anos.
O realizador tenta contagiar o espectador com o seu projecto dando-lhe a ver e a tocar em coisas de que só pressentiria a existência há tempos imemoriais.
Mas as descobertas ultrapassam as melhores esperanças: há pinturas muito elaboradas de animais e de plantas eventualmente manchadas por impressões negativas ( marcas de mãos humanas em fundo ocre) decoradas e ligadas entre si por linhas.
A sua disposição nada aleatória aparece como resultado de uma intenção. Os investigadores hesitam ainda quanto ao seu sentido, provavelmente ligado a ritmos de iniciação de xamânicos…
Recentemente as autoridades emitiram-lhes uma licença de investigação nos montes Marang. Escoltados por guias dayaks e por cientistas indonésios, a equipa avança selva adentro em busca de novas grutas. As descobertas vão surpreendendo.
«Bornéu, a Memória das Grutas» começa por ser um documentário fabuloso sobre os trabalhos arqueológicos: ao principio um trabalho manual, que implica o recurso a um tremendo arsenal tecnológico. Sucede-se a evolução do trabalho com a recolha de impressões digitais deixadas nas paredes ou a descoberta de cerâmicas até à sua análise laboratorial, que permitirá datá-las.
Luc-Henri Fage e a sua equipa podem assim medir a dimensão da sua descoberta: as grutas de Bornéu contém vestígios com mais de 10 mil anos.
O realizador tenta contagiar o espectador com o seu projecto dando-lhe a ver e a tocar em coisas de que só pressentiria a existência há tempos imemoriais.
Mas as descobertas ultrapassam as melhores esperanças: há pinturas muito elaboradas de animais e de plantas eventualmente manchadas por impressões negativas ( marcas de mãos humanas em fundo ocre) decoradas e ligadas entre si por linhas.
A sua disposição nada aleatória aparece como resultado de uma intenção. Os investigadores hesitam ainda quanto ao seu sentido, provavelmente ligado a ritmos de iniciação de xamânicos…
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Ainda será possível descobrir algo de novo sobre os nossos mais primitivos antepassados? No entendimento de alguns arqueólogos como os deste documentário a resposta é afirmativa, aliando novos conhecimentos adquiridos nas inscrições escondidas em grutas quase inacessíveis com a descoberta de espaços no planeta, de prodigiosa beleza.
Decerto que se fosse algo mais do que um personagem, Indiana Jones gostaria de acompanhar estes cientistas argutos. Porque a arqueologia também pode ganhar laivos de aventura e tornar-se em algo mais interessante do que a mera acumulação de documentos bafientos.
Até para os compreender o arqueólogo tem, então, de se assumir como um detective cioso de dar sentidos às suas provas...
Decerto que se fosse algo mais do que um personagem, Indiana Jones gostaria de acompanhar estes cientistas argutos. Porque a arqueologia também pode ganhar laivos de aventura e tornar-se em algo mais interessante do que a mera acumulação de documentos bafientos.
Até para os compreender o arqueólogo tem, então, de se assumir como um detective cioso de dar sentidos às suas provas...
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