Diria Karl Valentin: e não se pode exterminá-lo? Teremos de ir aguentando as sucessivas ressurreições de Pedro Santana Lopes como se jamais se lhe revelasse no íntimo a evidência da sua incompetência política?
Anuncia-se agora a repetição da sua candidatura à Câmara de Lisboa numa oportunidade para comprovarmos, uma vez mais, a tese de Marx: duas vezes os acontecimentos se repetem na História dos homens, a primeira enquanto drama, a segunda em forma de comédia.
O pior é que vezes há em que essa comédia se torna bastante negra como está a suceder com o inefável Berlusconi, cujas conotações de guarda-roupa com Mussolini, se vão tornando tão mais evidentes quanto espelham a ideologia xenófoba por ele encarnada.
No caso de Santana Lopes não existe esse risco, já que ele não possui os meios necessários para manipular a opinião pública, de que o proprietário da maioria das estações televisivas italianas dispõe. Mas não deixa de espelhar a permanência de conceitos populistas de direita, que não deixam de representar um enorme perigo para a nossa democracia.
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