Esta semana morreu Isao Tomita, um dos nomes de referência da música eletrónica. Embora já lhe conhecesse a obra, sem saber identificar o seu autor, o nome passou-me a ser familiar, quando um dos programas radiofónicos, que acompanho há mais tempo («Argonauta», Antena 2) lhe dedicou o devido destaque em meados da década transata. Ficava assim esclarecida a autoria de uma banda sonora utilizada em tempos por Mário Viegas num dos seus «Palavras Ditas».
Se já era, ainda mais incondicional apreciador fiquei deste tipo de sons, que sugerem ambientes de ficção científica, nomeadamente das viagens intergalácticas perspetivadas como iminentes quando Armstrong e Aldrin pousaram na Lua, mas afinal adiadas para um dia de São Nunca à Tarde, só conjeturável nas nossas imaginações. É por isso um tipo de música para escutar às escuras e olhos fechados, permitindo a evasão dos sonhos despertos. Imaginando, por exemplo por onde andam as duas «Voyager», muito para além de Platão.
E porque a capacidade para criar outros mundos, muito para além dos possíveis, é universal a música de Tomita tornou-se num sucesso global, influenciando um sem número de seguidores, atrevo-me a dizer que menos talentosos!
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