Em 29 de setembro de 1957 ocorreu uma explosão num reservatório de resíduos nucleares no complexo militar de Maïak, perto do lago e do rio Tetcha. Foi a primeira catástrofe nuclear da União Soviética e foi mantida no segredo dos deuses até à perestroika, apesar da nuvem radioativa, ter contaminado uma zona com mais de 1000 quilómetros quadrados e onde viviam trezentas mil habitantes.
Alguns foram evacuados, mas outros não. Os aldeões de Mouslioumovo, que viviam nas margens do rio foram apenas deslocados dois quilómetros para um local não menos perigoso.
Neste documentário Sebastian Mez vai ouvir os que ficaram nesse fim do mundo particularmente perigoso.
Rodado a preto-e-branco o filme dá visibilidade a um perigo que não se vê, através das paisagens e dos rostos dos homens e mulheres que, em off, continuam a sentir-se ligados àquele lugar.
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