terça-feira, maio 03, 2016

ARTES: Paul Klee: os anos na Bauhaus

Após uma longa maturação pessoal, Paul Klee irá exigir um maior apuramento teórico da sua prática artística durante a Primeira Guerra Mundial. Demonstra-o o «Diário» e o seu «Credo Criador», que publica em 1920. Nele Klee regista um conjunto de aforismos relacionados com a génese da obra artística, a abstração e a polifonia pictórica.
Em outubro de 1920 aceita o convite de Walter Gropius para ensinar na Bauhaus, que acabara de ser fundada em Weimar.
Os efeitos dessa atividade docente aparecem nas séries organizadas em torno de um esquema plástico claramente enunciado. A súmula dessa estratégia artística é explicitada na conferência «Sobre a Arte Moderna», que apresenta em Iena em 1924 e nos textos publicados por essa altura: «Vias do estudo da natureza» (1923), «Livro de esboços pedagógicos» (1925) e «Investigações exatas no domínio da arte» (1928).
Nesses anos decisivos a atividade criativa de Klee mantém a sua autonomia não só em relação à Bauhaus, mas também às demais tendências da vanguarda europeia. Ainda assim, em 1925, participa na exposição parisiense do grupo Pintura Surrealista, com quem sentia alguma convergência devido às afinidades com o Manifesto de André Breton publicado no ano anterior.
Quando a Bauhaus muda para Dessau, ele acompanha-a, mas acaba por romper com a escola em 1931 em nome de progressivas tensões estéticas e ideológicas. Torna-se, então, professor na Academia das Belas Artes de Dusseldorf.



Sem comentários: