Entre 1839 e 1847 Franz Liszt esteve em permanente itinerância na sua atividade de pianista e de compositor, consagrando-se como um dos nomes mais influentes desse período do romantismo.
Em 1848 fixou-se em Weimar para se dedicar quase exclusivamente ao ensino e à composição. Entre as obras dessa época avultam doze dos seus treze poemas sinfónicos, uma invenção sua pela qual quis explorar os principais temas da literatura do seu tempo, quer a que tinha a ver com a história, com a mitologia ou com a mera imaginação.
Neste «Les Préludes», datado de 1854, ele trabalhou com base num ode de Lamartine, recorrendo a um motivo básico, que serve de tema cíclico, e sobre o qual ele desenvolverá sucessivas variações, ora meditativas, ora dramáticas, ora pastorais, até se concluir num tom triunfante.
Não se tratou de uma obra feita de raiz, porque Liszt aproveitou material, que já compusera em 1848 para o seu ciclo coral «Les Quatre éléments».
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