No concerto de domingo da Orquestra de Câmara Portuguesa nos Dias da Música do CCB, tivemos a oportunidade para conhecer a mais recente obra de Miguel Azguime: «Illuminations».
Tratando-se de um dos mais estimulantes compositores portugueses contemporâneos a obra em estreia retoma o que têm sido as suas texturas sonoras, a que vamos tendo acesso por disco, já que não são muitas as oportunidades de as usufruirmos ao vivo.
Sendo igualmente um reconhecido percussionista internacional, sobretudo em obras dos finais do século XX, Pedro Carneiro prossegue o meritório esforço de intercalar este tipo de sonoridades mais vanguardistas em programas compostos por peças mais facilmente do agrado dos espectadores de concertos. E, no caso deste, ele tinha sempre garantido o sucesso com as duas peças de Mozart, que o integravam.
Pode-se até constatar que, apesar do sucesso estrondoso do Concerto para Violino, K219 de Mozart, com que se concluiu o espetáculo - com a excelente Tatiana Samouil como solista - a obra de Azguime muito ganhou em contraste com as duas entre que foi executada.
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