Esta tarde passa na Cinemateca um dos filmes menos conhecidos do realizador italiano, que anda a ser homenageado na Festa do cinema transalpino deste ano.
Os quatro primeiros minutos dão logo a introdução para o universo familiar de cujas vicissitudes seremos testemunhas pela perspetiva do narrador, nada mais nada menos do que Carlo, o bébé, de cujo batizado se tira a fotografia nessas cenas iniciais. Desde 1906 ele conhecerá dentro dessas paredes de abrigo as duas Guerras Mundiais e o crescimento económico dos anos 60. Ao finar-se, nos anos 80, o professor reformado, sentirá a nostalgia pelos que entretanto desapareceram e pelos valores definitivamente ultrapassados.
Em 1987 Scola confirmava-se como o realizador capaz de, num mesmo espaço, dar conta das transformações que iam ocorrendo fora dele. Era assim com «O Baile», e é assim com esta casa de família onde as sucessivas gerações vivem alegrias e tristezas durante quase um século.
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