Num texto entusiasmado o crítico João Lopes abriu-nos o apetite para aquele que virá a ser um dos filmes do ano. Pegando no romance de Svetlana Alexievich, o realizador deu forma aos testemunhos, que pessoas reais tinham dado à escritora bielorrussa e põe-nos a serem interpretados por atores.
O resultado, como se depreende do trailer em anexo, consegue ser muito bonito, embora não o sinta próximo do universo poético e quase desesperado dos filmes de Tarkovski de quem Cruchten se sente devedor.
O tema é o da transformação sofrida com algo que aconteceu sem pré-aviso e marcou irreversivelmente os destinos de tantos milhares de pessoas.
Entre os sentimentos de perda e de revolta, questionam-se sobretudo as decisões políticas e empresariais, que põem em perigo os ecossistemas sem cuidarem de ponderar em todas as consequências inerentes a riscos impossíveis de controlar.
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