Um dos nomes a que devemos estar atentos no futuro cinema português é Margarida Rego.
Como corolário dos seus estudos no Royal College of Arts ela assinou esta primeira curta-metragem experimental recorrendo a fotografias do próprio pai no período revolucionário subsequente ao 25 de abril, que lhe serviram de mote para um texto em off revelador do desencontro entre duas gerações: a desse período histórico e a dos que, a partir de 2011, vieram para a rua protestar contra o austericídio de Passos Coelho e Paulo Portas.
Por isso o encontro num café acontece entre uma mulher de 25 anos e um homem que tinha essa mesma idade em 1974, mas hoje se confessa cansado de lutar. Mas disposto a passar-lhe o testemunho para as lutas que se seguirão.
É um filme sobre a utopia e a beleza, reforçada nessas imagens retocadas pela realizadora e dedicado a “todas as pessoas que acreditam que outro país é possível”.
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