Abriu esta semana em Paris e estender-se-á até aos finais de fevereiro a exposição das obras que integram uma das mais importantes coleções de obras impressionistas, pós-impressionistas e modernas a nível mundial. Entre os artistas nela representados estão Monet, Cézanne, Gauguin, Rousseau, Derain, Matisse ou Picasso, mas também Degas, Renoir, Toulouse-Lautrec ou Van Gogh.
Resultante da compra compulsiva de obras artísticas por um riquíssimo industrial russo, que só a começou a criar quando tinha 44 anos, a coleção ficou na União Soviética, quando ele fugira com a família para a Suíça tão-só os bolcheviques tinham chegado ao poder. A perspetiva de reavê-las a curto prazo, porque era essa a expectativa de duração do regime instaurado em 1917, nunca se concretizou e, hoje, os potenciais herdeiros já manifestaram a aceitação do facto consumado da sua pertença ao estado. Até porque este garante-lhes o que consideram mais importante: manter e expor as obras no seu conjunto, sem se perspetivar a sua rentabilização no agitado mercado de leilões de arte.
Nacionalizada pelo novo poder, a coleção esteve durante umas décadas escondida dos olhares dos apreciadores por Estaline a considerar a representação de uma arte «decadente e burguesa».
Ela veio a ser novamente apresentada como emblemática do património cultural do regime comunista a partir dos anos 50 e tem, desde então, sido apreciada por milhões de russos. Mas esta constitui a primeira oportunidade para a ver exposta na Europa ocidental, possibilitando assim o conhecimento ao vivo de muitas das obras mais importantes dos artistas nela incluídos.
Sem comentários:
Enviar um comentário