Esta noite é com este filme do venezuelano Andrés Duques, que se inaugura a versão de 2016 do DocLisboa.
Filme sobre o processo criativo do pianista e compositor Oleg Karavaychuk, é também um retrato sobre a sua personalidade irreverente, que tanto o ostracizou na época soviética como na que a ela sucedeu. Por isso mesmo a sua obra quase ficou por divulgar, havendo escassos discos que reflitam o seu luminoso talento.
Andrés Duque cria, pois, o ensejo para dele ficar o testemunho, pondo-o a interpretar obras suas no próprio edifício do Hermitage. É que só noutras escassas oportunidades temos acesso às suas composições: nos filmes de Paradjanov, outro dos artistas reprimidos pelo regime, e que o escolheu para autor da banda sonora de alguns dos seus filmes.
A escolha de «Oleg y las raras artes» para iniciar estes onze dias de DocLisboa representa, igualmente, uma forma de homenagem a tantos artistas, que as circunstâncias impediram de serem devidamente reconhecidos.
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