Em 1877 Henry James tinha 34 anos quando publicou o seu segundo romance, tomando como tema o confronto dos americanos com o ambiente vivido no Velho Continente.
O protagonista é Christopher Newman, que vive um dilema existencial ao desgostar-se com o dinheiro fácil ganho até então na venda de loiças de casas de banho - que lhe valera a fortuna substancial! - e decide partir para a Europa numa altura em que estava quase a concluir um negócio milionário. Do outro lado do Atlântico conta cultivar-se e encontrar com quem casar, de preferência na aristocracia.
Em Paris uma compatriota ajuda-o a penetrar nos salões da alta sociedade e é assim que conhece a marquesa de Cintré por quem se enamora e com quem não tarda a combinar casamento.
O problema é a guerra sem tréguas, que a família dela lhe declara, ciosa das suas tradições e preconceitos. Após tantos ataques ele acaba por renunciar a tal ligação amorosa.
No entanto, pouco depois, e por mero acaso, chega-lhe às mãos um documento com um inesperado segredo sobre a família da ex-noiva. O que o deixa num dilema moral: se o divulgar será um escândalo que o vingará, se o guardar para si terá de contentar-se com uma vitória moral. O que escolherá? Com Claire já forçada a entrar num convento de carmelitas, ele decide-se pela segunda opção.
A conclusão dramática do livro não inibe a ironia com que James descreve os esforços de Christopher em penetrar no mundo fechado da aristocracia francesa. Com este título, p escritor ia consolidando o prestígio e aperfeiçoando o talento.
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