A primeira vez que me deparei com uma chinesa «fardada» com uma abaya foi na ilha de Bornéu numa noite em que, a convite do agente do navio em que estávamos, eu e o comandante fomos jantar a terra.
Agora, muitos anos passados, regresso à ilha na forma de um documentário televisivo, que confirma ser aquele um espaço de grande estranheza: há animais só ali existentes como se, a exemplo de Galápagos, tivessem encontrado beco sem saída as espécies em migração vindas de outras latitudes e longitudes, depois condenadas a evoluírem num habitat de dimensões limitadas.
No caso de Bornéu, isso sucedeu quando se concluíram as últimas glaciações, e a ilha ficou sem «pontes» para o resto da Ásia. Por isso quase só ali se encontram orangotangos, rinocerontes anões, macacos com grandes apêndices nasais ou lagartos e mamíferos dotados de membranas em forma de asas para conseguirem planar de árvore em árvore, dada a elevada altura das respetivas copas.
No caso de Bornéu, isso sucedeu quando se concluíram as últimas glaciações, e a ilha ficou sem «pontes» para o resto da Ásia. Por isso quase só ali se encontram orangotangos, rinocerontes anões, macacos com grandes apêndices nasais ou lagartos e mamíferos dotados de membranas em forma de asas para conseguirem planar de árvore em árvore, dada a elevada altura das respetivas copas.
Muitas dessas espécies estão à beira da extinção pela redução progressiva das outrora extensas florestas, no inexorável avanço de uma certa forma de contemporaneidade que, à diversidade, prefere resolutamente a estandardização.
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