Em 2014 o Museu d’Orsay permitiu-nos resgatar de injusto esquecimento um dos mais interessantes artistas da segunda metade do século XIX que já não era objeto de uma exposição digna desse nome há mais de trinta anos.
Na realidade não havia um, mas vários Gustave Dorés: havia o ilustrador, o pintor, o desenhador, o caricaturista e o escultor. Mas também o ginasta, o alpinista, o violinista.
Doré era um homem dado a excessos, quer na sua produção artística, quer no comportamento, o que lhe suscitaria alguns engulhos.
A obra é gigantesca, desmesurada e demonstrativa da sua inigualável capacidade de trabalho e da ilimitada sua curiosidade. Mas também reveladora da insatisfação de um artista cuja celebridade nunca compensou a impossibilidade de se sentir reconhecido como um grande pintor da sua época...
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