Havendo tanto paralelismo entre o que se descobre no mundo animal e o que sucede na sociedade humana, é eloquente o que se passa com um tipo de ganso, que costuma nidificar nos penedos mais inacessíveis da Groenlândia e cuja sobrevivência é quase uma roleta russa. De facto, dois dias após saírem do ovo, as barnacas - é esse o seu nome! - têm de fazer um arriscadíssimo voo até ao solo, cem metros abaixo, para acompanharem os progenitores.
Compreendem-se as dúvidas dessas crias, quando ouvem o chamamento da mãe e se intimidam com a prova a que se sujeitarão. No filme que acompanha este post, a probabilidade de insucesso é elevada: das cinco crias da gestação apenas três sobrevivem á prova. Mas, muito provavelmente, as crianças nascidas nos bairros insalubres de Dacca ou de Varanasi, não têm diante de si uma melhor probabilidade de sobrevivência!
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