A notícia da morte de Agnès Varda fez passar ainda mais despercebido o desaparecimento de Larry Cohen, que andou trinta anos a realizar filmes de baixo orçamento sem conseguir dar o salto para o reconhecimento da condição de autor, ou para títulos dotados de mais ambiciosos meios de produção.
Neste filme de 1976 a maior curiosidade residirá no reencontro com atores razoavelmente conhecidos na época - Tony Lo Bianco ou Sandy Dennis - mas, entretanto, esquecidos.
A ideia inicial tem alguma piada - Deus incumbe um conjunto de serial killers de matarem aleatoriamente o máximo número de vítimas, confirmando o quanto são imprevisíveis os caminhos do Senhor. Mas Cohen não revela engenho bastante para ir além dos sucessivos homicídios, que, igualmente, ameaçam transformar quem os investiga, num seu perpetrador.
Fica a curiosidade sobre um tipo de cinema, que servia para entreter plateias pouco exigentes, na expetativa de se tornar naquilo que alguns destes títulos conseguiam: tornarem-se objeto de culto.
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