Às sete da tarde desta sexta-feira o pianista russo Nikolai Lugansky repete o concerto da véspera, na mesma sala do Grande Auditório da Gulbenkian, com uma das mais expressivas obras do reportório para piano: o Concerto nº 2 em dó menor, op.18.
Vale a pena lembrar que Rachmaninov compô-la entre 1900 e 1901, depois de recuperar da profunda depressão em que caíra três anos antes, quando a estreia da sua Sinfonia nº 1, dirigida pelo conceituado Glazunov, constituíra um rotundo fracasso.
O tema principal, introduzido pelo solista, vai sendo repetido nos diversos andamentos, ora por ele, ora pelo naipe de cordas, ora pela flauta e pelo clarinete, e pela própria orquestra no seu todo.
Na sugestiva intensidade melódica, a obra é uma das mais apreciadas das salas de concerto, vendo-se reiteradamente interpretada pelos mais conhecidos pianistas.
Lugansky é presença assídua nos palcos portugueses e de todas as latitudes, por ser reconhecido como um dos mais talentosos da atualidade. Nascido em Moscovo em 1972, desde cedo começou a ter aulas com as professoras Tatiana Kestner, Tatiana Nikolaeva e com Sergei Durensky.
Na adolescência ganhou o Concurso Bach em Leipzig, quando tinha 16 anos e o Concurso Sergei Rachmaninov aos 18. E, aos 22 não lhe escaparia o prestigiado Concurso Tchaikovsky.
Numa temporada de excelentes concertos, este é um dos que mais se aguardava!
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