Do cinema, que nos vem chegando da América latina, o argentino é o mais estimulante, muito embora não possamos perder de vista o que Pablo Larrain vai criando no Chile.
Em 2011 o Festival de Berlim acolheu este filme de Rodrigo Moreno, que tem por protagonista um anti-herói a quem a a namorada anuncia a suspensão indeterminada da relação entre ambos. A questão que se lhe põe é esta: deverá ficar quieto á espera que ela volte ou fazer algo que a leve a mudar de ideias?
A relação entre Ana e Boris já dava sinais de um próximo desiderato. Mas, agora, confrontado consigo mesmo, ele é obrigado a recriar os seus dias. Impassível, passeia-se de carro pelas avenidas de Buenos Aires num percurso que se revela iniciático, sentimental e existencial.
Lento e irónico, o filme de Moreno aborda a crise dos quarenta anos e o absurdo de muitos rituais contemporâneos numa sociedade marcada pela crise económica.
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