terça-feira, agosto 04, 2020

(C) Cálculos científicos objeto de reformulação


1. Eu ainda sou do tempo em que o Sistema Solar tinha nove planetas, o último dos quais Plutão. Em 1992 assisti com interesse à polémica suscitada pela decisão da União Astronómica Internacional em despromovê-lo para a condição de planeta-anão, apesar dos seus apreciáveis  2370 quilómetros de diâmetro. Por essa altura mantinha-se aberta a probabilidade de um planeta X, a distância mais afastada do Sol, e com a presunção dele sim, merecer o lugar que o infeliz vizinho perdera nessa Assembleia.
Desde então já mais de três mil outros planetoides, com diâmetros entre os 30 e os 370 kms de diâmetro foram identificados para lá da órbita de Neptuno, mantendo-se Plutão como o maior de todos eles. De quem não sobra nenhum rasto é desse desconhecido planeta, inacessível aos mais avançados telescópios atuais, que, pelo contrário, vão detetando sucessivos exoplanetas pertencentes a outros sistemas estelares.
2. Um estudo do Centro Alemão para a Biodiversidade Integrativa, sedeado em Leipzig, contraria as previsões mais alarmistas, que davam as populações mundiais de insetos a reduzirem-se em 25% por década, apresentando novos cálculos a situarem essa quebra em 8,8% com impacto mais significativo nas borboletas, besouros e gafanhotos.
O facto de a notícia ser menos má do que se julgava não invalida, que estejam em causa os equilíbrios de inúmeros ecossistemas para os quais a atividade dos insetos é fundamental, seja para a polinização das flores, a decomposição de matéria orgânica, a alimentação dos pássaros ou o controle de outras espécies danosas. De positivo há a referir o aumento das populações, que vivem nos cursos de águas graças à melhoria da sua qualidade e aos efeitos da desindustrialização.
Segundo o documento agora conhecido a situação tem-se degradado significativamente nos países do Leste Europeu.

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