Segundo os astrónomos são mais frequentes os sistemas planetários com duas estrelas enquanto referentes orbitais do que os similares ao nosso, apenas com o Sol a servir-nos de centro. Nesse sentido, quando George Lucas imaginou como seria o cenário de nascimento da família Skywalker em «Guerra das Estrelas» - no planeta Tatooine em cujos céus brilhavam duas estrelas - fez coincidir a imaginação com uma realidade muito comum na parcela de universo, que nos é acessível com os telescópios mais potentes e com o que segue a bordo da sonda espacial Kepler. O único senão na verosimilhança da história reside no facto de, em todos os sistemas binários investigados até agora, só se terem encontrado grandes planetas gasosos, porque os outros, os mais pequenos e rochosos, semelhantes à Terra, parecem não ter condições para se formarem. Ora, a vida só parece possível de despontar nos que possuem essa característica, por neles existir a imprescindível água em estado líquido.
Há, porém, a considerar que a Ciência tem por regra a relatividade dos seus enunciados, só se aceitando como verdadeiros, enquanto prova em contrário não surge. Daí que não seja de excluir essa coincidência entre o que Lucas imaginara e o que a Astronomia detetará no futuro. Até porque - e essa é a razão maior para encontrarmos um entusiasmo superlativo nos que se dedicam ao estudo do Universo! - as descobertas dos últimos anos vêm demonstrando que as realidades com elas relacionadas vão muito para além do que o mais engenhoso escritor de ficção científica pudesse ter antecipado. E até há já quem imagine a existência de uma outra estrela a formar um sistema binário com o Sol, mesmo que muito distante. Mas ainda assim, suficientemente próxima para explicar alguns dos desvios orbitais, que os planetas mais afastados da Terra, apresentam, quando equacionados em função da atração gravitacional daquele.
Sem comentários:
Enviar um comentário