Fascinante, no mínimo, é o que se pode concluir de tudo quanto se relaciona com os planetas-anões do Sistema Solar, não só pelo número potencial, que poderá atingir as centenas, senão mais, mas por quão dinâmicos se mostram, totalmente discordantes da ideia preconcebida de serem enormes calhaus sem vida, porque há muito arrefecidos os magmas, que poderão ter albergado há biliões de anos.
Uma das maiores surpresas por que passaram os cientistas, quando a sonda Dawn lhes enviou as primeiras fotografias de Ceres, em órbita na cintura de asteroides entre Marte e Júpiter, foi depararem-se com salinas no fundo das suas crateras, indiciando a existência de água subterrânea impulsionada até à superfície por inexplicáveis forças telúricas. A formação do carbonato de cálcio, resultante da evaporação da água na sua forma líquida estimula a imaginação científica de quem sabe ali verificarem-se temperaturas negativas, que tornariam altamente improvável o fenómeno.
A sonda New Horizons mostrou como Plutão forma um sistema binário com Caronte, que se julgara ser seu satélite, e tem uma atmosfera de nitrogénio, metano e gases de monóxido de carbono, que desdiz a tese científica de só existirem condições para tal em planetas maiores. De Éris ou Makemake ainda muito está por apurar até por nenhuma sonda se ter deles aproximado o bastante para confirmar ou desmentir as conjeturas dos astrónomos. Mas Haumea estimula o interesse por, ao contrário, de todos os outros, assumir a forma de um feijão.
Muito mais distante está Sedna, que se movimenta numa órbita exageradamente elítica, que não respeita os cálculos para ele previstos. Há quem conjeture se esse inusitado afastamento, sobretudo no afélio, não corroborará a suspeita de um outro planeta ainda por descobrir muito para além de Neptuno.
A Astronomia é um ramo das ciências onde quase tudo está por descobrir.
Sem comentários:
Enviar um comentário