É uma obra que trata do olhar: Yvonne Roeb tem na Natureza a inspiração. Declina o que a forma e a inspiração propõem, para fazer das suas esculturas espécimes animados.
Para esta berlinense de adoção são as pequenas mudanças as que têm maior impacto. O resultado constata-se nos objetos feéricos, perfeitos e híbridos, meio-animais, meio-instalações, que parecem respirar.
Aluna de Katharina Fritsch, Yvonne Roeb imita a mentora no fascínio pelo reino animal de que prolonga a estética ao criar um rato gigante ou uma madona. Os materiais, que usa - o vidro, o gesso, o plástico, pele ou cabelos - comportam a contradição entre o corpo e a técnica, a máquina e o homem.
Intencionalmente estéticas, as peças denotam abismos, que sugerem vários níveis de leitura psicológica. E quando tomam a forma de colagens, são esboços com existência própria, obras passíveis de serem apreciadas por si mesmas.
Yvonne recorre, igualmente, a máscaras para tapar os olhos dos rostos, que modela, ou nos vídeos como é exemplo um onde uma atriz montada num cavalo tem um capacete a impedi-la de ver por onde pode conduzir o animal.
O génio genético, outro dos seus fascínios explorado nas mutações animais, integra o seu universo onírico pelo qual nos remete para uma cultura universal e enigmática.
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