Quem é Blank, o homem de idade, que sabemos sentado num quarto quase vazio e incapaz de perceber se o têm ou não trancado à chave? Em tempos parece ter desempenhado cargo de relevo, pesando-lhe na consciência os que mandou em missões arriscadas, em muitas das quais poderão ter morrido. Mas já nem sequer consegue recuperar-lhes os nomes!
Seja pela medicação, seja por danos na própria memória, de quase nada se recorda, embora as perguntas sejam mais do que muitas, quer quanto ao motivo da solidão, quer sobre esclarecimento da sua identidade.
Classificado de metafísico por alguns que o leram ainda me deixa na expetativa, quando ao balanço que farei já que ainda só lhe cheguei a meio. Para já fica a surpresa de ser diferente do que me habituei a encontrar nos livros do autor. O que já de si não é pouco, porque sempre o li com a sensação de se repetir de título para título...
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