No contexto da nouvelle vague Jacques Rozier faz figura de cineasta maldito com uma carreira, que se resumiu a poucos filmes, porque a este - que tantos dissabores lhe causaram com os produtores e distribuidores - só se sucederam Du Côté d’Orouet em 1971, Les Naufragés de L’île de la Tortue em 1976, o Maine Océan em 1975 e o Fifi Martingale em 2001.
Misturando temas e formas de os abordar, nele produz uma meditação sobre a morte e a destruição, referindo-se explicitamente à guerra da Argélia antes de Godard o vir a replicar em Le Petit Soldat. Entre a falsa ligeireza e o confronto moral entre o velho e o novo, este é filme, que tanto foi odiado como incensado, embora só tivesse exibição não comercial entre nós muito depois da Revolução de Abril.
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